sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sete Cores e Sete Segredos

Eu não sei a quantas anda o arco-íris. Esqueci de contar as moedas de ouro do Fim, e só tarde demais descobri que precisaria delas. Cada uma delas. E do duende! Me disseram que seria ele que contaria a história das cores. Na verdade eu só quis saber do Vermelho e do Anil, mesmo tendo o Amarelo sido tão simpático.
Fui embora e esqueci de dar tchau. Achei que voltaria logo, que o duende havia gostado dos caramelos e da tarde chuvosa, mas eu não voltei. Quem me levou ali não quis me mostrar como chegar, ou como voltar.
Bem que me disseram, que depois de encontrar uma vez o Fim, não se encontra outro. É só uma vez, e você nunca esquece. E depois quer mais, e espera ansioso pela próxima chuva e pelo próximo arco-íris.
Agora, naqueles dias que chamam de casamento de espanhol, é só surgir o Vermelho que a Nostalgia vem me visitar. Ela sim sabe como voltar, como ir, como vir. E sempre se lembra de deixar uma lágrima.
Só não deixo de pensar, que como em toda gota d'água, a da lágrima também carrega as sete cores, os sete segredos, o Fim, e aquele começo do beijo sem cor, que aos poucos foi se colorindo, e que no final ficou sem cor de novo.

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